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Os showcases das residências artísticas são o grande momento original
do Westway LAB porque revelam ao público o resultado de um processo de criação
único trabalhado em Guimarães, por uma semana, no Centro de Criação de Candoso.
Só há uma regra aplicada a estes encontros, que os músicos produzam
conteúdo para uma atuação de 30 min. ou mais. Tudo o resto é resultado da
livre decisão criativa dos artistas envolvidos. Estas apresentações
ocorrem na noite de quarta e quinta-feira no Café Concerto do CCVF com
acesso livre e são por isso sinónimo de casa cheia. Outra característica
revelada pelos showcases das residências é o ambiente de comunidade que se
forma a partir da proximidade dos músicos com o público, como se de uma
grande família se tratasse. Com verdadeiros resultados que têm rendido novas
edições, estes showcases são sempre muito surpreendentes do ponto de
vista da experimentação artística.
Meta é Mariana Bragada a explorar a essência da raiz. Vem de
Trás-os-Montes partilhar a conexão com a memória ancestral e uni-la à música
eletrónica. Tem
vindo a coser uma manta de retalhos sonoros a partir das viagens na Europa e
América do Sul criando caminhos entre histórias e fantasias, sem fronteiras, na
ânsia de criar o seu próprio cancioneiro.
A
loopstation, a guitarra elétrica, os samplers, a caixa de ritmos e o adufe
aliam-se à voz de Meta, criando uma simbiose única entre a tecnologia e a
tradição. Bons Sons, Festival da Canção e a Porta 253 são apenas alguns dos sítios
onde deixou a leveza da sua pegada.
Lançou recentemente “La Tormenta” com Xinobi com edição de Discotexas.
Nascido na Argentina (1981) e crescido na Itália, após um diploma nos Estados Unidos em guitarra clássica (IU School of Music, Bloomington, Indiana) e um mestrado em Londres (Royal Academy of Music) muda-se para o Brasil, onde mora por quase 10 anos. Ali mergulha fundo na tradição popular e na MPB, ao lado de grandes mestres como Chico Buarque, Rosa Passos, Johnny Alf, Roberto Menescal, Roberto Mendes e José Carlos Capinan, com quem escreve inúmeras canções e partilha incontáveis palcos. Desde 2016 reside em Lisboa, onde cria e dirige projetos com músicos de diferentes partes do mundo à procura da transculturalidade, entre eles a Orquestra Latinidade, a Lisbon Buskers Ensemble, os Forró Miór e Tony Madeira y los Impresionantes.